Sócio de empresa investigada por lavagem de dinheiro e outros crimes é liberado da prisão

Foto: Renan Mattos (Diário)
Empresário e outras setes pessoas suspeitas de envolvimento no esquema foram presas durante operação da PF em novembro

Foi liberado, na última quarta-feira, o empresário Elizandro Basso, que estava preso na Penitenciária Estadual de Santa Maria (Pesm) desde o dia 7 de novembro. Sócio do grupo empresarial Supertex, Elizandro é o principal investigado pela Polícia Federal em um suposto esquema envolvendo crimes como lavagem de dinheiro, desvio de patrimônio e corrupção. Elizandro e outras sete pessoas, entre elas a esposa dele, funcionários e o contador da empresa, foram presos durante a Operação Caementa, deflagrada pela Polícia Federal. A Justiça havia determinado a prisão preventiva de Elizandro e a prisão temporária dos demais envolvidos. Uma mulher foi liberada no dia da operação. Os outros seis investigados foram soltos no dia 10 de novembro. 

PF mantém bloqueio de bens de grupo investigado por lavagem de dinheiro e outros crimes

O advogado Marcelo Guazzeli Peruchim, da defesa de Elizandro, disse que entrou com pedido de revogação da prisão de Elizandro junto à 7ª Vara Federal de Porto Alegre, na última terça-feira.

- Entrei com a petição em virtude de que a defesa está colaborando com as autoridades. O Judiciário, então, entendeu por conceder a soltura - disse Peruchim.

Na segunda-feira, o sócio do grupo foi ouvido pela Polícia Federal. De acordo com Peruchim, o interrogatório durou mais de 11 horas. A defesa não quis comentar se Elizandro confirmou a existência do suposto esquema, mas afirmou que o empresário respondeu todas as perguntas e colaborou com tudo que foi solicitado.

Construção civil pode ser afetada por operação que investiga empresa que fornece concreto para obras

O Diário tentou contato com o delegado Diogo Caneda, que está à frente do inquérito, mas não conseguiu contato até o momento.

Roger de Castro, um dos advogados responsáveis pela defesa de cinco das outras seis pessoas envolvidas, disse que seus clientes já prestaram depoimento à Polícia Federal, mas não quis revelar o que os suspeitos alegaram diante das acusações.